O estudo realizado pela Abenutri comparou as informações presentes nos rótulos dos produtos com o conteúdo efetivo das embalagens, analisando um total de 88 produtos. Um dos dados mais alarmantes foi a descoberta de que dez marcas, produzidas por quatro empresas, não continham absolutamente nenhuma quantidade de creatina em seus produtos. Vale ressaltar que uma única empresa é responsável por cinco dessas marcas reprovadas, levantando questionamentos sobre a seriedade dos processos de fabricação e controle de qualidade.
De acordo com a legislação vigente, é permitida uma margem de variação de até 20% entre a quantidade declarada de creatina e a quantidade real presente no produto. Com base nesse critério, o laudo da Abenutri classificou as marcas em cinco categorias, levando em conta a presença ou ausência da substância nos produtos analisados.
No total, 48 marcas foram aprovadas com 0% a 5% de variação, enquanto 13 marcas foram aprovadas com variações de 5,1% a 10% e 10,1% a 20%. A lista completa das marcas aprovadas e reprovadas pode ser encontrada no site oficial da Abenutri.
Diante dos resultados preocupantes, os fabricantes das marcas reprovadas já tomaram medidas judiciais contra a divulgação dos resultados, o que demonstra a complexidade e a sensibilidade do mercado de suplementos nutricionais. Espera-se que essas informações sirvam como alerta para a indústria e incentivem a busca por maior transparência e qualidade nos produtos oferecidos aos consumidores.