Tudo começou em maio de 2022, quando um amigo recomendou que ela começasse a jogar, prometendo grandes ganhos. Joana viu na atividade uma oportunidade de mudar de vida, de se aposentar os pais e de não precisar mais trabalhar. Porém, o que se seguiu foram meses de prejuízos e endividamento.
Em apenas quatro meses, o salário dela não era mais suficiente para alimentar o vício, levando-a a contrair um empréstimo de R$ 15 mil no banco, que também foi totalmente gasto em jogos. Sem recursos para pagar as dívidas, Joana recorreu à família e aos amigos, chegando ao ponto de usar toda a herança da mãe, cerca de R$ 300 mil, para sustentar o vício.
As perdas consecutivas no jogo a levaram a buscar cada vez mais apostas, na esperança de recuperar o que havia perdido. A situação só mudou quando o marido confrontou Joana, que estava enfrentando problemas não só financeiros, mas também emocionais, como a depressão pós-parto.
Especialistas apontam que casos como o de Joana se enquadram no transtorno do jogo, que pode levar ao superendividamento. É fundamental buscar ajuda psiquiátrica nesses casos, e no caso de Joana, o plano de saúde oferecido pelo emprego foi crucial para garantir o tratamento.
Além disso, a história de Joana destaca como a legalização das apostas de quota fixa pode impactar a vida das pessoas, tornando mais fácil o acesso ao jogo e aumentando os riscos de endividamento. É importante que medidas sejam tomadas para proteger os indivíduos vulneráveis a esse tipo de comportamento e para evitar danos maiores à economia do país.