Inicialmente, acreditava-se que os acontecimentos de 8 de janeiro serviriam como uma espécie de imunização contra a irracionalidade e a falta de decoro na política. No entanto, a candidatura de Marçal trouxe à tona uma nova forma de boçalidade, que encontrou espaço até mesmo entre os eleitores do presidente Jair Bolsonaro.
O candidato, apesar de seu histórico criminoso e associação com grupos polêmicos, conseguiu angariar apoio e visibilidade nas pesquisas eleitorais, surpreendendo os analistas políticos e estrategistas de campanha. A sua estratégia de fugir dos debates e investir na propaganda digital remunerada mostrou-se eficaz, levantando questionamentos sobre a eficácia das estratégias tradicionais de campanha.
Diante desse cenário, a candidatura de Marçal se tornou um verdadeiro teste para as estruturas políticas vigentes no país. Sua capacidade de atrair seguidores e desafiar as convenções eleitorais coloca em xeque a eficácia dos métodos tradicionais de campanha e levanta a questão: estamos caminhando para uma nova era na política nacional?
Com a crescente polarização e radicalização do cenário político, a candidatura de Pablo Marçal representa um desafio para os partidos tradicionais e para a sociedade como um todo. Resta saber se a indignação diante de sua ascensão será suficiente para conter o avanço dessa nova forma de política baseada na irracionalidade e na falta de ética.