O uso do ar-condicionado não apenas proporciona conforto nas altas temperaturas, mas também tem se mostrado crucial para a segurança e a saúde das pessoas. Um estudo da revista médica The Lancet revelou que o acesso ao ar-condicionado evitou quase 200 mil mortes em todo o mundo em 2019 entre pessoas com mais de 65 anos, reduzindo a mortalidade relacionada ao calor nesse grupo em 37%.
No entanto, o aumento no uso de ar-condicionado tem um custo ambiental significativo. A eletricidade necessária para operar esses sistemas já é responsável por mais emissões de dióxido de carbono (CO2) do que toda a indústria da aviação. Além disso, as leis da física indicam que o resfriamento consome mais energia à medida que a temperatura externa aumenta, o que pode contribuir para um aquecimento planetário ainda maior.
Para mitigar os impactos ambientais do uso generalizado de ar-condicionado, diversas tecnologias inovadoras estão sendo desenvolvidas. Empresas como Transaera e Trellis Air estão trabalhando em soluções mais eficientes e sustentáveis para a climatização de ambientes. A Transaera, por exemplo, utiliza estruturas metal-orgânicas (MOFs) em seu sistema de ar-condicionado, o que resultou em uma redução de 40% no consumo de energia em comparação com modelos convencionais.
Além disso, a redução do uso de gases refrigerantes como os hidrofluorocarbonetos (HFCs), que são potentes gases de efeito estufa, também é uma prioridade. Empresas como Blue Frontier estão desenvolvendo unidades de ar-condicionado que eliminam completamente esses gases, utilizando métodos alternativos de absorção de calor baseados na evaporação da água.
É fundamental que a indústria de ar-condicionado continue a buscar soluções inovadoras e sustentáveis para reduzir seu impacto ambiental e garantir uma operação mais eficiente. A conscientização sobre os desafios associados ao resfriamento de ambientes é essencial para garantir um futuro mais fresco e sustentável para todos.