De acordo com Ramos, o El Niño tem influência em diversos aspectos climáticos, como chuvas, pressão e ventos. No entanto, a previsão é que o fenômeno esteja perdendo força e entre em uma fase de neutralidade a partir do outono de 2024. A fase neutra é caracterizada pela ausência de eventos do El Niño e La Niña, o que mantém as condições climáticas típicas das estações.
A previsão é que, em setembro, o La Niña possa se estabelecer, de acordo com a previsão Clima Noah. O La Niña é considerado o oposto do El Niño, trazendo um resfriamento das águas do Oceano Pacífico e alterando padrões de chuva em diferentes regiões.
A preocupação com a influência do El Niño se dá pelo fato de que o fenômeno contribuiu para tornar o ano de 2023 o mais quente já registrado em 174 anos, de acordo com medições da Organização Meteorológica Mundial (OMM). O Brasil também foi afetado, registrando altas temperaturas. No entanto, especialistas destacam que o fenômeno de 2023 não foi um super El Niño, como o registrado em 2015/2016.
Para o verão de 2024, a previsão é de que as temperaturas fiquem acima da média nos meses de janeiro, fevereiro e março. No entanto, a tendência é que esse cenário se altere a partir de abril e maio, com a ocorrência de temperaturas mais amenas.
Ramos ressalta que o El Niño não é o único fator a influenciar as condições climáticas, pois o Atlântico também contribui para o aquecimento, intensificando ondas de calor. A previsão é de possíveis ondas de calor, desde que as temperaturas subam mais de 5ºC em relação à média.
Apesar das previsões climáticas, Ramos alerta que é importante monitorar de perto as condições do tempo, uma vez que as previsões do clima e do tempo operam em escalas distintas. A previsão atual indica chuvas durante o final deste mês, o que mostra a importância de se manter atento às alterações nas condições climáticas.