Segundo a agência estatal KCNA, a sede estatal de Prevenção de Emergências determinou que os cidadãos no exterior estão autorizados a voltar para casa. No entanto, aqueles que regressarem terão que passar por uma semana de observação médica em locais de quarentena.
A decisão de permitir que os cidadãos norte-coreanos voltem ao país está relacionada com a busca por um alívio global da situação pandêmica. Vale ressaltar que a Coreia do Norte adotou medidas extremamente rígidas desde o início da pandemia, incluindo o fechamento de suas fronteiras e a suspensão de voos internacionais.
Essa nova flexibilização, apesar de representar um avanço na direção da normalização, ainda é cautelosa. A observação médica obrigatória de uma semana em locais de quarentena tem o objetivo de monitorar a saúde dos retornados e evitar a disseminação do vírus dentro do país.
A Coreia do Norte tem sido bastante criticada pela falta de transparência em relação à sua situação sanitária. O regime não divulgou nenhum caso confirmado de covid-19 em seu território, embora seja amplamente questionado se o país realmente está livre do vírus.
Além disso, a pandemia tem tido um impacto significativo na economia norte-coreana, que já sofria com sanções internacionais antes mesmo da crise sanitária. A suspensão do comércio exterior e a redução do turismo têm afetado ainda mais a já precária situação financeira do país.
O retorno dos cidadãos norte-coreanos que se encontram no exterior pode ser visto como uma tentativa de reativar a economia local. A entrada de divisas provenientes do trabalho e remessas enviadas por esses cidadãos pode trazer algum alívio financeiro às autoridades norte-coreanas.
Resta aguardar como será o desdobramento dessa flexibilização e se a Coreia do Norte continuará dando passos rumo à normalização ou se voltará a impor medidas mais rígidas caso a situação sanitária se agrave. Enquanto isso, o mundo segue acompanhando a evolução da pandemia nesse país tão reservado quanto enigmático.