Durante a campanha, Milei abordou a ideia de dolarização da economia argentina, o que gerou certa preocupação nos mercados financeiros. No entanto, alguns de seus assessores afirmaram que essa medida não seria implementada imediatamente após a posse do candidato. Apesar disso, o Grupo SBS alertou para essa possibilidade e destacou o impacto que isso poderia ter no país.
Diante desse cenário, o Banco Central argentino precisou vender cerca de US$ 225 milhões de suas reservas para atender à demanda e manter controlada a depreciação do peso. Essas vendas foram feitas ao longo da última semana, mostrando a preocupação do governo em evitar uma desvalorização excessiva da moeda.
Para garantir uma estabilidade cambial até as eleições gerais de outubro, o Banco Central decidiu fixar a taxa de câmbio em 350 pesos por dólar. Essa decisão visa evitar uma volatilidade ainda maior no mercado e trazer um pouco mais de previsibilidade para os investidores.
Além disso, a autoridade monetária também optou por aumentar a taxa básica de juros em 21 pontos básicos, elevando-a para 118% ao ano. Essa medida busca controlar a inflação e atrair investimentos estrangeiros, proporcionando uma maior confiança na economia argentina.
Fontes oficiais do Banco Central informaram que essa desvalorização da moeda e a fixação da taxa de câmbio até as eleições gerais foram decisões tomadas para evitar maiores turbulências no mercado financeiro. Essas fontes preferiram manter o anonimato ao falar sobre as medidas adotadas.
Nesse contexto, a economia argentina enfrenta uma fase de incertezas e desafios, principalmente após a vitória de um candidato ultraliberal nas eleições primárias. A dolarização da economia ainda é um tema em aberto e que gera dúvidas sobre os rumos que o país tomará nos próximos meses. Para os investidores, é importante acompanhar de perto as medidas adotadas pelo governo e os reflexos dessas decisões na economia como um todo.