Essa crise energética já vinha sendo enfrentada pelo país há pelo menos três meses, com várias províncias registrando apagões que chegavam a durar até 20 horas nas semanas anteriores ao colapso total do sistema elétrico. A central termoelétrica Antonio Guiteras parou de funcionar, levando ao caos energético em toda a ilha.
O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, afirmou que o governo está trabalhando para restabelecer a energia o mais rápido possível, mas não deu uma previsão de quando isso irá acontecer. Ele suspendeu o comércio e os serviços não essenciais por três dias e culpou o embargo econômico dos EUA pela dificuldade de importação de combustível.
O primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero, também responsabilizou o embargo, destacando que a falta de combustível é o principal fator para a crise energética. A infraestrutura de energia em Cuba é composta por centrais termoelétricas sucateadas, usinas flutuantes alugadas de empresas turcas e grupos de geradores, sendo essencial a manutenção com combustível para seu funcionamento.
Além dos problemas de infraestrutura, as autoridades cubanas apontaram que a situação piorou após danos causados pelos ventos fortes e mares agitados com a passagem do furacão Milton. Os cubanos enfrentam apagões generalizados já há três meses, com déficits na cobertura nacional e interrupções frequentes no serviço ao longo do dia.
Diante desse cenário, protestos têm ocorrido em algumas regiões do país, como nas províncias de Sancti Spíritus e Holguín, com a população manifestando sua insatisfação com a situação. Em março, a cidade de Santiago foi palco de manifestações após um apagão de 13 horas, que resultaram em resposta violenta do governo e na prisão de três pessoas.
A situação na ilha de Cuba é delicada e a população enfrenta desafios diante da crise energética que se prolonga, com a esperança de que a normalidade seja restabelecida em breve.