O evento ocorreu em um lugar simbólico, a Escola Superior de Mecânica da Armada (Esma), onde milhares de pessoas foram vítimas de assassinatos, torturas, estupros, roubos e sequestros. Para Esquivel, é fundamental que a juventude esteja envolvida nesses debates, pois muitas pessoas da nova geração não viveram a época da ditadura e, portanto, não têm a memória desse período sombrio. Ele ressaltou a importância de se fazer um trabalho de memória para evitar a repetição de erros.
Segundo Esquivel, um dos principais problemas enfrentados pelos cidadãos é a falta de clareza em relação à direção que o país está seguindo. Ele critica a concentração dos políticos em políticas de curto prazo, deixando de lado a visão de médio e longo prazo que é fundamental para traçar um caminho consistente para a sociedade.
Diante desse cenário, Esquivel alerta que é necessário voltar às origens para entender para onde se está indo. Ou seja, é importante compreender o passado para construir um futuro mais justo e igualitário. Ele ressalta que as políticas públicas devem considerar não apenas os problemas imediatos, mas também as questões estruturais que impactam a vida das pessoas.
Para conhecer mais sobre a disputa eleitoral na Argentina, é possível conferir a editoria especial do Diálogos do Sul, que tem acompanhado de perto o processo eleitoral no país.
Com 91 anos de idade e um histórico de luta pela paz e pelos direitos humanos, Adolfo Pérez Esquivel continua sendo uma figura importante na defesa de uma sociedade mais justa e igualitária. Sua mensagem de alerta à população para que não vote em líderes autoritários é um lembrete de que as conquistas sociais não devem ser descartadas em troca de medidas populistas. O trabalho de memória e o debate sobre os rumos da democracia são fundamentais para garantir um futuro melhor para todos.
				
					





