A bacia Sergipe-Alagoas é vista como uma grande aposta para o aumento da produção de gás natural no país, com o objetivo de dobrar essa produção até 2030. Atualmente, a produção diária de gás natural no Brasil é de cerca de 153 milhões de metros cúbicos, sendo que metade desse volume é reinjetado e 10% é utilizado para consumo próprio das empresas produtoras.
Um dos destaques na região de Sergipe é o projeto Sergipe Águas Profundas I e II (Seap I e II), em desenvolvimento pela Petrobras. Este projeto prevê a produção de 18 milhões de metros cúbicos diários a partir de 2028, por meio de sete campos de produção. No entanto, a licitação das plataformas que serão instaladas nesse local está enfrentando atrasos, o que pode influenciar na data de início da produção.
Além da Petrobras, a ANP também destacou a interligação do terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Eneva ao gasoduto da TAG, além de outros investimentos privados previstos para a região terrestre da bacia. Esses investimentos, somados, devem chegar a R$ 32 bilhões nos próximos quatro anos, o que impulsionará a economia local e revertendo a queda nos pagamentos de royalties aos estados e municípios sergipanos.
Os números apresentados pela ANP mostram uma projeção positiva, com um aumento significativo nos pagamentos de royalties ao estado e aos municípios até 2028. A abertura do mercado de gás natural no Brasil também foi destacada, com um aumento no número de contratos de transporte, saindo de 189 em 2022 para 500 até junho de 2024.
Essas informações revelam a importância estratégica da bacia Sergipe-Alagoas para o setor de gás natural no Brasil e as oportunidades de crescimento e investimento nessa região nos próximos anos.