O diretor do observatório, Carlo Buontempo, destacou que essa sequência de recordes não é apenas uma anomalia estatística, mas sim evidencia uma mudança significativa e contínua no clima global. Durante o mesmo período, ondas de calor extremas foram registradas em diversos países como México, China, Grécia e Arábia Saudita, levando a um triste saldo de mais de 1.300 mortes durante a peregrinação a Meca, na Arábia Saudita.
Além das ondas de calor, as chuvas intensas, associadas ao aquecimento global, resultaram em inundações devastadoras em países como Brasil, China, Quênia, Afeganistão, Rússia e França. No Caribe, o furacão Beryl atingiu diversas ilhas, tornando-se o primeiro furacão de categoria cinco no Atlântico mais precoce já registrado.
Os recordes de temperatura foram influenciados pelo fenômeno natural El Niño, que contribui para o aquecimento da água no Oceano Pacífico tropical, elevando a temperatura global. Outro fator importante foi o aumento das temperaturas dos oceanos, que atingiram novos máximos no Atlântico, Pacífico Norte e Índico, influenciando o clima em todo o planeta.
Apesar dos recordes consecutivos, o mundo está prestes a entrar em um período de resfriamento devido ao fenômeno de ‘La Niña’. Ainda assim, os cientistas alertam que, mesmo com a ocorrência de ‘La Niña’, 2024 pode superar 2023 em termos de temperatura global. A tendência é preocupante e reforça a necessidade urgente de ações para conter o aquecimento global e seus impactos devastadores no planeta e na humanidade.
