Banhar os animais com água fria, oferecer frutas e adicionar cubos de gelo na água são algumas das ações tomadas no Cetras para garantir o bem-estar dos bichos nesse período. Essas medidas visam proteger os animais da desidratação e das queimaduras causadas pelo excesso de calor. Em particular, uma iguana que chegou ao centro há dois meses com queimaduras tem recebido banhos especiais com uma máquina de pulverização de pressão.
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), responsável pelo espaço, informou que diversas adaptações foram feitas devido às condições climáticas adversas. Salas com ar-condicionado e umidificadores foram preparadas para os filhotes, enquanto os animais em recintos externos, como pequenos macacos, estão recebendo alimentos congelados, como melancia e melão, para ajudar na hidratação.
Além do Cetras, o Zoológico de São Paulo, localizado na zona sul da cidade, também tem adotado medidas para proteger os animais do calor intenso. Frutas congeladas, simulacros de chuva com mangueiras e distribuição de caldo de carne congelado estão entre as estratégias utilizadas para aumentar a hidratação dos bichos.
Com a qualidade do ar em São Paulo considerada uma das piores do mundo, segundo um monitoramento realizado pelo site suíço IQAir, fica evidente a importância de cuidar dos animais silvestres durante períodos de clima extremo. Cuidadores, biólogos, zootecnistas e veterinários monitoram os animais diariamente para garantir que estejam saudáveis e confortáveis mesmo diante das condições desafiadoras impostas pela seca.