Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ângela Cristina Guidi: Uma vida marcada pelo contato humano e interações calorosas termina precocemente devido a complicações durante tratamento contra câncer.

Ângela Cristina Guidi, de 49 anos, faleceu no último dia 24 de julho no hospital São Francisco, em Jacareí. A paulistana, conhecida por sua habilidade em estabelecer relações interpessoais, deixou como legado uma forte conexão com sua família e um grande número de amigos.

Nascida no Hospital Modelo, localizado no bairro da Liberdade, Ângela era a filha mais velha de Teresa Dias, de 67 anos, e Sidney Guidi, de 70 anos. Ela estudou no Instituto Santa Amália, na Saúde, e se formou em turismo pela Universidade Ibirapuera, em Moema, no ano de 2003. A escolha dessa profissão foi um reflexo de sua facilidade em lidar com as pessoas e em fazer e manter amizades.

Seu primeiro emprego foi como operadora de turismo na antiga TAM, realizando reservas no balcão. Ao longo dos anos, Ângela trabalhou em agências de turismo corporativo e, recentemente, vinha atuando de forma remota, já que residia em um condomínio de casas em Jacareí, a 80 km de São Paulo.

Morando nessa cidade, Ângela se tornou o ponto de encontro da família, especialmente durante os encontros familiares, onde preparava pratos deliciosos como lasanha e seu famoso cheesecake de frutas vermelhas, que faziam grande sucesso entre todos. Seu irmão, Marco Guidi, de 47 anos, comenta que sempre acabavam pedindo para Ângela preparar essas iguarias, pois ela tinha um talento especial para a culinária.

Além de ser reconhecida por sua dedicação à família, Ângela também se dedicava a seus amigos. Seu irmão destaca que ela era uma pessoa muito família e que ficava feliz com qualquer presente, não precisava ser algo valioso. Sua filha, Marcela, de 20 anos, era sua companheira no dia a dia.

Nos momentos de lazer, Ângela gostava de viajar, conhecer lugares novos e passear. Recentemente, ela se aventurou em trabalhos artesanais, como tricô e macramê. De forma autodidata, aprendeu essas técnicas assistindo a vídeos e pesquisando na internet. Sua casa ficou repleta de objetos por ela mesma confeccionados, como decorações, assentos de bancos e cadeiras.

No entanto, o sonho empreendedor de Ângela não se concretizou devido a um diagnóstico de câncer de intestino em agosto de 2022. Ela foi operada para a retirada do tumor e, felizmente, nenhum vestígio da doença foi encontrado. O tratamento, contudo, incluía sessões de quimioterapia de dosagem baixa, que acabaram causando problemas para ela. Durante as últimas três sessões, Ângela sofreu paralisia na medula óssea devido às doses de quimio. Seu sistema imunológico ficou enfraquecido, e ela contraiu uma infecção grave que desencadeou uma sepse agressiva, levando-a a ser internada por 30 dias.

A notícia da morte de Ângela foi recebida com surpresa por seus amigos e familiares. Sua mãe, Teresa, relata que diversas amigas de adolescência torceram pela sua recuperação, choraram e fizeram orações.

Ângela deixa um legado de amor, amizade e dedicação à família. Sua partida deixará saudades em todos que tiveram a oportunidade de conhecê-la e conviver com ela.

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