Ambiente global de aversão a risco pressiona o dólar, que chega a R$ 5,86 na máxima intradia, com receio de recessão nos EUA.

Em mais um dia de oscilações no mercado financeiro, o dólar à vista iniciou a semana em alta, atingindo a marca de R$ 5,8656 (+2,74%) na máxima intradia. No entanto, ao longo do dia, a moeda norte-americana mostrou certa desaceleração, testando mínimas em torno de R$ 5,76. Esses ajustes são reflexo do clima de aversão ao risco que tem impactado os ativos financeiros americanos e o petróleo, com receios de uma possível recessão nos Estados Unidos e cortes agressivos de juros por parte do Federal Reserve e de outros bancos centrais ao redor do mundo.

Além disso, o mercado está atento a outros indicadores, como o boletim Focus, a ser divulgado nesta semana, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho. O cenário fiscal do governo também é acompanhado de perto pelos investidores.

No Focus, as projeções para o IPCA de 2024 e 2025 sofreram leve elevação, enquanto o déficit primário para 2024 se manteve em 0,70% do Produto Interno Bruto (PIB). Apesar das medidas de contenção de gastos anunciadas, o governo ainda espera um déficit de R$ 28,8 bilhões em 2024. As previsões para o dólar no fim de 2024 e 2025 também foram revisadas.

No cenário internacional, as preocupações com a demanda por petróleo têm impactado os preços da commodity, que registraram perdas acima de 1%. Contudo, os conflitos geopolíticos no Oriente Médio, como a possibilidade de um ataque do Irã a Israel, também estão no radar dos investidores.

Diante desse cenário complexo, o dólar à vista encerrou o período da manhã em alta, atingindo R$ 5,7667, enquanto o dólar para setembro apresentava valorização de 0,70%, chegando a R$ 5,7855. A volatilidade do mercado financeiro segue sendo influenciada por diversos fatores externos e internos, o que mantém os investidores em alerta.

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