A Âmbar justifica sua recusa ao afirmar que os termos impostos inviabilizam a recuperação de uma empresa que acumulou prejuízos de R$ 40 bilhões nos últimos 25 anos. A empresa alega que, diante da possibilidade de intervenção ou caducidade da concessão, optará por solicitar uma reconsideração. A principal discrepância entre os planos da Âmbar e da Aneel está no impacto na conta de luz, sendo que o plano da Âmbar previa um impacto de quase R$ 16 bilhões, reduzido posteriormente para R$ 14 bilhões, enquanto o plano da Aneel teria um impacto de aproximadamente R$ 8 bilhões ao longo de 15 anos.
Em paralelo, a Justiça Federal determinou a efetivação da compra com base no plano apresentado pela Âmbar, mas houve um recurso, mantendo o caso em aberto. A Amazonas Energia, detentora da concessão para atuar na região Norte, enfrentou problemas operacionais e financeiros nos últimos anos, acumulando uma dívida superior a R$ 10 bilhões, o que coloca em risco a caducidade da concessão.
O plano de compra foi apresentado pela Âmbar logo após o Ministério de Minas e Energia editar uma medida provisória que flexibiliza o contrato da companhia elétrica. A Aneel recomendou a rejeição do plano de compra da Âmbar, calculando um impacto quase duplicado do necessário na conta de luz de todos os consumidores. A Justiça Federal determinou a aprovação da compra pela agência, porém a Aneel recorreu, mantendo o desfecho do caso em aberto.
