Segundo Fábio, as variações climáticas impactaram diretamente os preços dos alimentos frescos, como frutas, verduras e legumes. As enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor de arroz do Brasil, resultaram em um aumento de 22,93% no preço do arroz em comparação ao mesmo período do ano passado.
Além das enchentes, a região enfrentou secas severas nos últimos anos, afetando a produção de grãos como a soja e o milho. Fábio ressaltou que o Rio Grande do Sul já vinha lidando com secas, e o excesso de chuva agravou a situação, prejudicando o transporte e armazenamento devido à infraestrutura comprometida.
Os efeitos climáticos também se refletiram no preço de outros produtos, como a laranja, que teve um aumento de 94,02% em comparação ao ano passado, sendo o item com maior alta na cesta básica. Outros alimentos que tiveram aumentos significativos foram a batata (37,37%), alface (28,56%) e farinha de mandioca (20,53%).
Apesar das altas, alguns itens registraram quedas em relação ao mês anterior, como o detergente, margarina, frango e cebola. Produtos como papel higiênico, feijão carioca e esponja de aço também ficaram mais baratos. Itens básicos como batata, arroz e sabão em pó também registraram leves quedas nos preços.
Esse cenário demonstra o impacto direto das condições climáticas na economia e no bolso dos consumidores, refletindo a importância de se adaptar e buscar alternativas para lidar com os desafios impostos pela natureza. A alta nos preços dos alimentos essenciais reforça a necessidade de políticas e ações que visem garantir a segurança alimentar da população em momentos de crise.