Alta na reprovação do governo pressiona Lula no segundo Dia do Trabalho do terceiro mandato: sem novos anúncios para os trabalhadores.

No segundo Dia do Trabalho do terceiro mandato, o presidente Lula, do PT, enfrenta altos índices de reprovação em seu governo, clamando por resultados concretos, porém sem anúncios inovadores para a classe trabalhadora. Apesar disso, Lula mantém o apoio das centrais sindicais, que historicamente são pilares de sustentação para o governo. Um dos trunfos que o presidente poderá usar em seu discurso é o saldo positivo de empregos formais, com a criação de 244.315 vagas em março, resultado superior ao mesmo período do ano anterior.

Os números positivos de emprego, aliados à lei da igualdade salarial e ao crescimento do PIB no ano anterior, são temas que provavelmente serão abordados por Lula em seu discurso no evento unificado das centrais sindicais em São Paulo, que ocorrerá na Neo Química Arena, estádio do Corinthians.

Apesar de chegar ao evento com dados favoráveis, a ausência de novos anúncios para os trabalhadores tem sido motivo de frustração para o governo. A falta de propostas finalizadas a tempo impediu que novas medidas fossem apresentadas, ao contrário do que ocorreu no 1º de Maio do ano passado, quando Lula divulgou a nova política de valorização do salário mínimo e o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda.

A pressão por entregas mais rápidas e eficientes tem sido constante nas últimas semanas, uma vez que pesquisas de aprovação mostram queda nos índices do governo. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, acumula promessas não cumpridas, como mudanças nas regras do saque-aniversário do FGTS e alterações na reforma trabalhista de 2017.

Apesar dos desafios enfrentados pelo governo, a relação com as centrais sindicais se mantém positiva, com elogios e críticas construtivas sendo feitas em relação às ações do governo. A confiança depositada nas ações do governo petista, após os últimos anos sob as gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro, demonstra um sentimento de independência das centrais sindicais em relação ao governo, permitindo críticas e cobranças em busca de melhorias para a classe trabalhadora.

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