Entre os setores que mais contribuíram para essa alta estão papel e celulose, com um aumento de 3,99%, seguido por fumo, com 2,49%, e farmacêutica, com 2,10%. Por outro lado, as principais quedas foram observadas em indústrias extrativas, com uma variação de -3,58%, e produtos de metal, com -0,12%.
O segmento de alimentos exerceu a maior pressão sobre o índice nacional, com uma alta de 0,80%, contribuindo com 0,19 ponto porcentual para o IPP do mês. Isso se deve, em parte, aos aumentos de preços nas cadeias derivadas da soja e da cana de açúcar.
Segundo o analista do IPP no IBGE, Felipe Câmara, a menor disponibilidade da soja para consumo doméstico, devido à colheita menor e ao volume exportado, provocou pressões de demanda e aumentou os preços do óleo bruto e seus derivados. Além disso, o incremento da parcela de biodiesel no blend do diesel incentivou a procura pelo derivado da soja.
Já em maio, o IPP foi impactado principalmente pelos aumentos em papel e celulose e refino de petróleo e biocombustíveis. O etanol foi um dos principais responsáveis por esse aumento, devido às decisões das usinas em direcionar a produção de açúcar e aos preços competitivos em relação à gasolina.
Por outro lado, as indústrias extrativas contribuíram para conter a alta do IPP em maio, devido à queda na cotação internacional do minério. A expectativa de recuperação econômica mundial também influenciou a precificação dos produtos.
Em resumo, o IPP reflete as dinâmicas do mercado interno e externo e aponta para o impacto de questões como oferta, demanda e cenários econômicos na formação de preços dos produtos industriais na economia brasileira.