Alta da Taxa Selic: Mercado espera aumento entre 0,25% e 0,5% e governo pressiona Banco Central para controlar inflação

A expectativa do mercado financeiro para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central é de um aumento da taxa básica de juros, a taxa Selic, entre 0,25% e 0,5%. Essa projeção se baseia em informações presentes no Boletim Focus do BC, que também leva em consideração declarações recentes do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, e do nome indicado pelo governo para substituí-lo, Gabriel Galípolo.

A queda na inflação observada nos últimos meses tem levado o governo a pressionar o Banco Central para que evite um aumento na taxa Selic. Com a economia dando sinais de recuperação e os indicadores apontando para uma estabilização, o governo busca manter os juros baixos para estimular o consumo e a produção.

A sabatina de Gabriel Galípolo no Congresso Nacional tende a ser marcada pelo acirramento da polarização entre governo e BC. O presidente indicado terá que enfrentar questionamentos sobre sua postura em relação à condução da política monetária, especialmente em um momento delicado como o atual.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, manifestou sua preocupação com a possibilidade de aumento da taxa de juros em um cenário de deflação, questionando a lógica por trás dessa decisão. Ela ressaltou a importância de deixar a economia seguir seu curso natural, sem intervenções que possam prejudicar a retomada do crescimento.

A pressão sobre o Banco Central para manter os juros está alinhada com os interesses do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defende uma postura mais cautelosa em relação à política monetária. A expectativa é de que a próxima reunião do Copom traga definições importantes sobre o rumo da taxa Selic e as políticas econômicas do governo.

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