A queda na inflação observada nos últimos meses tem levado o governo a pressionar o Banco Central para que evite um aumento na taxa Selic. Com a economia dando sinais de recuperação e os indicadores apontando para uma estabilização, o governo busca manter os juros baixos para estimular o consumo e a produção.
A sabatina de Gabriel Galípolo no Congresso Nacional tende a ser marcada pelo acirramento da polarização entre governo e BC. O presidente indicado terá que enfrentar questionamentos sobre sua postura em relação à condução da política monetária, especialmente em um momento delicado como o atual.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, manifestou sua preocupação com a possibilidade de aumento da taxa de juros em um cenário de deflação, questionando a lógica por trás dessa decisão. Ela ressaltou a importância de deixar a economia seguir seu curso natural, sem intervenções que possam prejudicar a retomada do crescimento.
A pressão sobre o Banco Central para manter os juros está alinhada com os interesses do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defende uma postura mais cautelosa em relação à política monetária. A expectativa é de que a próxima reunião do Copom traga definições importantes sobre o rumo da taxa Selic e as políticas econômicas do governo.