As autoridades revelaram que o contêiner foi mantido sob vigilância no porto de Kwai Chung, em Kowloon, região noroeste de Hong Kong, até que um dos suspeitos apareceu para transportá-lo para a ilha de Tsing Yi, resultando em suas prisões. Os dois homens, de 50 e 38 anos, foram detidos por suposto envolvimento no crime e podem ser condenados até a prisão perpétua, de acordo com a legislação local.
A seleção do contêiner marítimo para inspeção foi feita com base em análise de inteligência, resultando na descoberta de 37 caixas com sacolas plásticas transparentes, das 706 identificadas como vinho, que chamaram a atenção das autoridades.
Autoridades alfandegárias e de combate ao narcotráfico apresentaram o material apreendido em entrevista de ampla repercussão na mídia de Hong Kong. Durante a investigação, foi identificado que a organização criminosa utilizou a divisão fragmentada do trabalho, com diferentes integrantes cuidando de cada passo do transporte marítimo, criando dificuldades para identificar toda a logística.
Em 2023, a alfândega de Hong Kong apreendeu perto de 9,5 toneladas de drogas, das quais 3,7 toneladas chegaram por mar. O Brasil é considerado um país de risco elevado, devido às seguidas apreensões de drogas, como o caso de 444 quilos de cocaína líquida.
Ao longo do ano, outros casos de tráfico de drogas envolvendo o Brasil foram registrados, como um homem proveniente do Rio de Janeiro que tentou desembarcar no Aeroporto Internacional de Hong Kong carregando três quilos de cocaína em sua bagagem. Além disso, um casal e uma jovem vindos de São Paulo foram identificados com um total de cerca de três quilos de cocaína “escondida em suas cavidades corporais”.
A investigação sobre o caso de apreensão de 444 quilos de cocaína líquida continua, com a possibilidade de mais prisões, inclusive do líder da organização criminosa. O superintendente sênior para narcotráfico da alfândega, Wong Ho-yin, afirmou que pretende reforçar o intercâmbio com agências internacionais para combater o tráfico de drogas.