O uso excessivo de fones de ouvido foi apontado como um dos principais vilões para a audição, afetando principalmente os jovens na faixa etária de 12 a 35 anos. Um exemplo real desse impacto foi compartilhado pela jovem Laura Kaiber, de 18 anos, que revelou ter sofrido perda auditiva temporária em um dos ouvidos devido ao hábito de utilizar fones por longos períodos em volumes elevados.
Laura precisou passar por um tratamento com antibióticos e antiinflamatórios por três semanas e, mesmo após a melhora, ainda enfrenta diferenças na audição de um ouvido para o outro. Os sintomas de perda auditiva, como chiado, zumbido, tonturas e dificuldade de compreensão de palavras, devem servir como alerta para a população.
O fonoaudiólogo Daniel Zamprogna alertou sobre a importância do tipo de fone de ouvido utilizado, indicando que os modelos externos, como os fones de ouvido concha, são mais seguros para a saúde auditiva, em comparação com os fones internos que podem causar danos irreversíveis.
Segundo a OMS, aproximadamente 60% dos casos de perda auditiva no mundo poderiam ser evitados com cuidados adequados. Zamprogna reforçou a importância do repouso acústico e da escolha de fones de qualidade para preservar a audição. A data do Dia Mundial da Audição, 3/03, foi escolhida em referência aos três menores ossos do corpo humano, responsáveis pela condução do som no sistema auditivo.
Portanto, é fundamental que a população esteja ciente dos riscos do uso excessivo de fones de ouvido e adote medidas de prevenção para garantir a saúde auditiva a longo prazo.