Esse sistema emite alertas para os usuários que estiverem dentro de um raio de 160 quilômetros da última localização conhecida da criança desaparecida. Os avisos permanecem ativos por 24 horas e são atualizados conforme necessário. Até o momento, três crianças desaparecidas foram localizadas após a emissão do alerta, evidenciando a eficácia desse mecanismo.
O coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça, Alessandro Barreto, informou que o Estado de São Paulo também receberá esse alerta até o final do ano, como parte do plano para implementá-lo em todo o país. O objetivo é utilizar o mesmo modelo de alerta adotado nos Estados Unidos, sem custos adicionais para o Brasil.
No Rio de Janeiro, a responsável por acionar o alerta será a DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros), que completou dez anos de funcionamento recentemente. Essa unidade é comandada pela delegada Ellen Souto, que teve papel fundamental na resolução do caso do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido na Rocinha em 2013.
A delegada Ellen Souto destacou a importância do Alerta Amber para auxiliar na localização de desaparecidos, ressaltando a dor e a angústia das famílias que vivem essa situação. Durante uma década de atuação, a DDPA conseguiu localizar a maioria das pessoas desaparecidas na região, oferecendo esperança e apoio às famílias.
O Alerta Amber, criado em memória de Amber Hagerman, uma criança de nove anos sequestrada e assassinada no Texas em 1996, é uma resposta eficaz e ágil para casos de desaparecimentos de crianças. Com esse sistema, a expectativa é que mais vidas sejam salvas e mais famílias sejam reunidas.