O TFFF surge como uma alternativa inovadora para incentivar os países em desenvolvimento a preservar suas florestas tropicais úmidas. A proposta é pagar um valor anual fixo por hectare de floresta conservada ou restaurada, em vez de basear a remuneração na captura de carbono, como é feito nos financiamentos climáticos tradicionais. Além disso, o fundo simplifica o monitoramento por meio de imagens de satélite, seguindo critérios estabelecidos por cada país.
Os aportes financeiros dos países desenvolvidos serão proporcionais às áreas protegidas, e há a possibilidade de pagamentos adicionais por programas de combate ao desmatamento, promoção da bioeconomia e garantias de direitos aos povos indígenas e comunidades locais envolvidas na conservação das florestas tropicais. A ministra de Meio Ambiente da Colômbia, Susana Mohammad, enfatizou que o fundo representa uma forma de valorizar a natureza sem transformá-la em uma mercadoria.
Marina Silva ressaltou que o TFFF será uma ferramenta fundamental para enfrentar não apenas a crise da biodiversidade, mas também a crise climática. A proposta do fundo surgiu durante a Cúpula da Amazônia, realizada em Belém, no Pará, em agosto de 2023, e foi oficialmente lançada pelo governo brasileiro em dezembro do mesmo ano, durante a COP28, nos Emirados Árabes Unidos.
Em suma, o TFFF representa um avanço significativo no apoio à conservação das florestas tropicais, promovendo a convergência entre as metas da Convenção de Biodiversidade e do Acordo de Paris. Com a adesão de países comprometidos com a preservação ambiental, o fundo tem o potencial de gerar impactos positivos duradouros na proteção dos ecossistemas tropicais.