Repórter São Paulo – SP – Brasil

Alcance de influenciadores da extrema direita é limitado após restrição de redes sociais, impactando visão do bolsonarismo e impulsionando atos de 7 de setembro

Influenciadores da extrema direita viram sua capacidade de alcançar e vender sua visão de mundo drasticamente reduzida após a suspensão do Twitter, pois agora estão pregando para os convertidos. Com isso, a disseminação de discursos extremistas foi limitada da noite para o dia, impactando diretamente o alcance do bolsonarismo.

A proibição de acesso ao X via VPN imposta pelo ministro Alexandre de Moraes não se mostrou tão eficaz, uma vez que é praticamente impossível punir todos os usuários que utilizam essa ferramenta. Muitos acabaram migrando para outras redes como Threads e Bluesky, reforçando suas presenças no Instagram, TikTok e até mesmo retornando ao Facebook.

Entretanto, essas plataformas estão adotando medidas para evitar a propagação de conteúdo nocivo, como o que era comum no X antes de sua compra por Elon Musk. Atos de violência gráfica, como bestialismo e decapitações, eram comuns na plataforma, incluindo até mesmo a organização de ataques armados a escolas.

A suspensão do X/Twitter contribuiu para impulsionar os atos marcados para 7 de setembro em apoio aos golpistas do 8 de janeiro de 2023, contra Alexandre de Moraes e o STF. Até Elon Musk se tornou garoto propaganda desses eventos. No entanto, é importante ressaltar que a adesão a essas manifestações não representa a maioria da população brasileira.

A estratégia utilizada pelos apoiadores de Bolsonaro é a de criar uma imagem de apoio massivo ao presidente, vendendo a ideia de que as multidões presentes nos eventos representam a opinião da maioria dos brasileiros. No entanto, os números indicam que o bolsonarismo-raiz, que representa entre 15% e 20% da população, não é a maioria absoluta. Ainda assim, essa parcela da população conta com uma base de apoio considerável, alcançando entre 30 e 40 milhões de pessoas.

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