Advogado suspeito de facilitar a lavagem de dinheiro do PCC é solto pela Justiça de São Paulo em regime domiciliar.

A Justiça de São Paulo determinou a soltura do advogado Ahmed Hassan Saleh, conhecido como Mude, que estava preso no âmbito da Operação Decurio. A prisão temporária foi revogada e substituída por prisão domiciliar, atendendo a um pedido feito pela defesa do advogado.

Durante o período em que estiver em prisão domiciliar, Mude terá que cumprir algumas exigências, como comparecer sempre que for intimado, não se ausentar do local sem autorização judicial e informar qualquer mudança de endereço. No entanto, o Ministério Público solicitou que ele fosse obrigado a utilizar tornozeleira eletrônica, pedido que foi negado pelas autoridades.

O caso segue em sigilo na 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital. O advogado é um dos acionistas da empresa de ônibus UPBus, que segundo as autoridades estava sendo utilizada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.

A empresa, que possui contrato com a Prefeitura de São Paulo para operar linhas de transporte na zona leste, está sob intervenção judicial. Além disso, diretores foram afastados até que as investigações sejam concluídas. Mude já era alvo de investigação na Operação Fim da Linha e foi preso sob suspeita de utilizar sua atividade profissional para proteger a organização criminosa, além de auxiliar na lavagem de dinheiro do PCC.

Durante a operação, foram apreendidos um cheque no valor de R$ 55 milhões, sete veículos de luxo, armas de fogo, munições, celulares, eletrônicos, além de aproximadamente R$ 25 mil e US$ 4,6 mil em espécie. Até o momento, a defesa de Ahmed Hassan Saleh não foi localizada para comentar o caso.

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