Advogada acusa casa noturna Motirô Bar de omissão em caso de racismo e agressão física, mas estabelecimento nega acusações.

No último dia 3 de fevereiro, a advogada Heloisa Helena Ribeiro de Jesus comemorava seu aniversário de 34 anos no Motirô Bar, localizado na Zona Oeste de São Paulo, quando se viu envolvida em uma situação de racismo e agressão. Segundo relatos de Heloísa, durante a celebração, ela foi abordada por três clientes desconhecidas, as quais questionaram sua presença no camarote do estabelecimento.

As supostas agressoras teriam dito que Heloísa não deveria estar naquele local e iniciaram uma discussão que culminou em ofensas racistas direcionadas à advogada, incluindo termos como “macaca” e “preta safada”. A situação se agravou quando seguranças do estabelecimento e um dos gerentes se envolveram na confusão, abordando Heloísa e tentando expulsá-la do local.

De acordo com o relato da vítima, a casa noturna se recusou a fornecer as imagens das câmeras de segurança, negando acesso não apenas a Heloísa, mas também ao seu advogado. As agressões teriam continuado até o momento em que Heloísa conseguiu deixar o estabelecimento, sem que as supostas agressoras fossem expulsas.

Diante do ocorrido, Heloísa registrou um boletim de ocorrência contra as agressoras por injúria racial no 14º Departamento de Polícia de Pinheiros, e também denunciou o Motirô Bar por injúria e lesão corporal através de um boletim de ocorrência online.

Por outro lado, a versão do Motirô Bar difere da narrativa de Heloísa. Segundo a casa noturna, as imagens das câmeras de segurança foram disponibilizadas às autoridades policiais, e as supostas agressoras foram expulsas do estabelecimento após serem flagradas em agressões físicas. Além disso, o Motirô Bar nega a ocorrência de violência na abordagem dos seguranças e do gerente, afirmando que prestaram assistência a Heloísa antes de ela ser acompanhada até uma viatura policial.

O caso ainda está sendo investigado pelo 15º DP (Itaim Bibi), e a equipe da unidade está realizando diligências para esclarecer os fatos. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que outras duas ocorrências registradas como lesão corporal estão relacionadas ao caso, e as vítimas foram orientadas a respeito da representação criminal. No entanto, até o momento, nenhuma representação ocorreu.

Diante dessa controversa situação, a sociedade aguarda ansiosamente por esclarecimentos e providências por parte das autoridades competentes, a fim de que a justiça seja feita e casos de discriminação e agressão sejam coibidos.

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