Segundo relatos da família do adolescente à Polícia Civil, ele morava com a mãe e a irmã e apresentava comportamento violento. A mãe chegou a relatar ter sido agredida pelo filho após confiscar seu celular. No dia dos assassinatos, a irmã do adolescente escutou passos no telhado de sua casa e viu o jovem descendo de lá. Ele tomou banho, pegou roupas e saiu sem informar seu destino. Retornou 40 minutos depois.
Enquanto isso, a esposa de Valdinei, preocupada com sua demora, dirigiu-se à casa dos pais do adolescente. Ao chegar lá, encontrou os corpos das vítimas com sinais de facadas no pescoço, além de um incêndio no fogão. A polícia suspeita que o assassino tenha invadido a residência pelos fundos, sem sinal de arrombamento. Não foi identificada a falta de objetos de valor, descartando a hipótese de latrocínio.
O adolescente foi visto em um estabelecimento comercial, onde gastou R$ 360 em roupas e pagou um sorvete para um amigo. Este amigo afirmou à polícia que estranhou o comportamento do jovem, que nunca tinha dinheiro. Após passar a noite na casa do amigo, o adolescente desapareceu até ser encontrado morto em Bauru.
O delegado Marcos Jeferson da Silva, responsável pelas investigações dos assassinatos em Agudos, mantém aberta a possibilidade de o adolescente não ser o perpetrador. Imagens de câmeras estão sendo analisadas, buscando esclarecer os eventos antes e depois dos crimes. Por ora, a causa da morte do jovem em Bauru ainda não foi confirmada pela polícia. A investigação segue em andamento para esclarecer todos os detalhes desse caso perturbador.