No entanto, apesar da retórica de Biden em relação à importância do combate à crise climática, sua administração tem sido criticada por apoiar níveis de produção de petróleo e gás sem precedentes. Isso tem sido motivo de protestos por parte de muitos cidadãos americanos, que consideram as ações do governo contraditórias.
No último domingo, ocorreu uma mega-marcha em Washington para exigir o fim dos combustíveis fósseis. Além disso, atos de desobediência civil foram realizados em Nova Iorque e Washington, incluindo o bloqueio de entradas para sedes de instituições financeiras e cobertura de cobertores em frente à Casa Branca. Os manifestantes pedem que Biden declare uma emergência climática e interrompa o financiamento do setor petrolífero.
Enquanto isso, a reunião anual de alto nível da ONU em Nova Iorque tem sido palco de uma série de encontros e discussões entre líderes e suas delegações. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, aproveitou a oportunidade para se posicionar como um líder do sul global e se encontrou com Biden duas vezes. Ambos anunciaram a criação de uma Associação pelos Direitos dos Trabalhadores, com o objetivo de promover os direitos laborais e incluir os trabalhadores e seus sindicatos nos esforços para enfrentar as mudanças climáticas.
Enquanto os líderes mundiais discursam na Assembleia Geral da ONU, muitos eventos paralelos estão acontecendo em Nova Iorque. É estimado que durante essa semana de reuniões e discursos, mais de 90 mil crianças morreram de causas evitáveis, 148 milhões de crianças sofrem com desnutrição e o planeta continua perdendo espécies e recursos naturais. As guerras também continuam causando devastação e mortes em todo o mundo.
Apesar da urgência das crises globais, eventos e jantares elegantes envolvendo chefes de estado, diplomatas e empresários também estão ocorrendo durante a semana da Assembleia Geral da ONU.
Portanto, enquanto os líderes mundiais discutem políticas e metas climáticas, é importante lembrar que ações concretas são necessárias para enfrentar as crises globais que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. A retórica e os discursos não são suficientes. É preciso agir.