O ônibus, que fazia o percurso Maranhão-Distrito Federal, estava operando de forma clandestina, sem a devida autorização para o transporte interestadual de passageiros, de acordo com a ANTT. O veículo foi abordado por policiais em um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e escoltado por uma viatura da ANTT até o terminal rodoviário de Taguatinga, onde os passageiros deveriam desembarcar e o ônibus seria apreendido.
Segundo informações da ANTT, o acidente ocorreu quando o motorista tentou fugir durante a abordagem. A agência ressaltou que não houve perseguição por parte da equipe de fiscalização e que, durante a verificação no posto da PRF, além da constatação da falta de autorização de transporte, foram identificadas irregularidades como a falta de seguro e pneus carecas no veículo.
Em nota oficial, a ANTT afirmou que fornecerá todas as informações necessárias às autoridades de segurança pública para a realização das investigações sobre o acidente. Os feridos foram encaminhados para hospitais de Taguatinga e Ceilândia, onde recebem atendimento médico.
A ocorrência desse acidente reforça a importância de combater o transporte clandestino de passageiros, que coloca em risco a vida de milhares de pessoas diariamente. A atuação eficiente dos órgãos competentes, como a ANTT e a PRF, é fundamental para garantir a segurança e a regularidade dos serviços de transporte rodoviário.
No entanto, é necessário mais do que apenas ação repressiva. É preciso investir em políticas públicas que promovam o acesso à mobilidade de forma segura e dentro da legalidade, oferecendo opções de transporte adequadas às necessidades da população. Além disso, é indispensável conscientizar os usuários sobre os riscos de utilizar serviços clandestinos e incentivar a denúncia de práticas ilegais.
A tragédia ocorrida nesse acidente serve como um alerta para a urgência de soluções efetivas e integradas entre o poder público, as empresas regulares de transporte e a sociedade civil, no sentido de oferecer um transporte seguro, acessível e legal para todos. É preciso acabar com o mercado clandestino, garantindo a execução de políticas de fiscalização rigorosas e uma punição adequada para os envolvidos nesse tipo de atividade ilegal. Somente assim será possível evitar novas tragédias como essa.
