Toledo aponta que, normalmente, as mudanças de intenção de voto no segundo turno costumam contar dobrado, saindo de um candidato e migrando para o outro. No entanto, de acordo com pesquisas recentes, os pontos que, teoricamente, estariam saindo do candidato Marçal não estariam necessariamente se direcionando para o Boulos, mas sim para a opção de não voto, como votos brancos, nulos e indecisos.
O colunista destaca que a taxa de rejeição de Boulos segue acima de 50% e que não houve uma mudança significativa nesse panorama. Isso dificulta a missão do candidato de conquistar votos dos eleitores que anteriormente apoiavam Marçal e, eventualmente, migraram para apoiar Nunes.
Por outro lado, Toledo ressalta que a abstenção dos eleitores de Marçal pode afetar a intenção de voto de Nunes, uma vez que muitos desses eleitores podem optar por não votar no segundo turno. Isso cria um cenário de incerteza em relação aos desdobramentos da disputa eleitoral.
O não aumento da intenção de voto de Boulos, aliado à alta rejeição e a possibilidade de grande abstenção por parte dos eleitores de Marçal, coloca um cenário desafiador para os candidatos no segundo turno das eleições. A análise de José Roberto de Toledo traz uma visão crítica e cautelosa sobre o desfecho das eleições e a movimentação dos eleitores nesse momento decisivo da disputa política.