Os agentes da PF Marcelo Araújo Bormevet e o militar Giancarlo Gomes, que estavam cedidos à agência de inteligência na época, foram identificados como parte dessa ação clandestina. Em uma das mensagens trocadas, Bormevet menciona querer se aproximar da residência de Allan Lucena, ex-sócio de Renan, durante a noite, enquanto Giancarlo sugere monitorar os passos da pessoa em questão.
Além disso, a conversa revelou o uso de um software espião chamado FirstMile para realizar esse monitoramento ilegal. Os agentes também foram responsáveis por investigar o empresário Luis Felipe Belmonte, que financiou a reforma do escritório da empresa de Renan enquanto atuava para legalizar a mineração em terras indígenas.
Neste sentido, a PF destacou que a ação clandestina da Abin buscava produzir desinformação para benefício pessoal e político, além de obter vantagens econômicas. A agência realizava interferências diretas e indiretas em investigações que envolviam o então presidente da república.
Diante dos fatos revelados pela investigação, a PF realizou a prisão de agentes envolvidos nessa operação clandestina, que trabalhavam diretamente para Alexandre Ramagem, pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro e ligado ao vereador Carlos Bolsonaro, que também está sob investigação. A quarta fase da operação “Abin paralela” foi deflagrada na quinta-feira (11) com o objetivo de investigar e punir os responsáveis por esse uso ilegal da estrutura da Abin.






