O presidente do CreciSP, José Augusto Viana Neto, atribui esses resultados positivos no ABC a características específicas da região, como o grande número de empregos formais, que facilita a comprovação de renda. Isso reflete diretamente nas transações imobiliárias, uma vez que 70% delas foram financiadas por instituições bancárias, sendo a carteira de trabalho um dos principais documentos utilizados para comprovação de renda.
No entanto, apesar do otimismo no mercado de vendas de imóveis, Viana Neto ressalta que a expectativa para a segunda metade do ano não é tão positiva, devido a mudanças nas políticas de financiamento habitacional, como a exclusão de imóveis usados do programa Minha Casa Minha Vida e a redução do valor máximo financiado. Além disso, a possibilidade de aumento da taxa básica de juros (Selic) também preocupa o setor imobiliário.
A pesquisa realizada pelo CreciSP também revelou que os imóveis localizados em áreas mais periféricas estão se destacando tanto nas vendas quanto na locação, representando melhores oportunidades de negócio. Na locação, imóveis de menor valor, principalmente os que não ultrapassam os R$ 1.500, estão sendo mais procurados, sustentando o mercado em patamares positivos.
Diante desse cenário, o mercado imobiliário do ABC se mostra aquecido e com perspectivas de crescimento, embora alguns desafios e incertezas ainda persistam para o segundo semestre de 2024. O CreciSP continuará acompanhando de perto essas tendências e trabalhando para aprimorar as condições do setor imobiliário na região.