Durante a semana de 20 a 26 de agosto, especificamente, houve um aumento de 86% no número de doadores em comparação com o mesmo período de 2022. Foram registrados 28 novos doadores, enquanto no ano passado foram contabilizados 15 doadores na mesma semana. Esses resultados positivos seguem a mesma tendência observada em outros setores, como o de transplantes de coração.
Até julho deste ano, foram realizados 75 transplantes de coração, um número maior do que nos cinco anos anteriores no mesmo período. Em 2018 foram realizados 64 procedimentos, seguidos por 74 em 2019, 67 em 2020 e 73 em 2021 e 2022. Em relação ao número total de transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão, rins e córneas, foram realizados 5.077 procedimentos no estado de São Paulo, representando um aumento de 10,5% em relação a 2022, quando foram feitos 4.592 transplantes.
A conscientização sobre a doação de órgãos também aumentou nos últimos anos. As recusas de autorização da doação por parte das famílias caíram de 41% para 38,6%. Vale ressaltar que para ser um doador de órgãos, não é mais necessário incluir essa informação no RG ou CNH, basta comunicar o desejo à família. No caso de falecidos, a autorização para a doação deve ser dada por familiares de até o 2º grau de parentesco.
No entanto, é importante destacar que a doação entre vivos só é possível se não houver nenhum problema de saúde para a pessoa que está doando. De acordo com as diretrizes do SUS, pessoas diagnosticadas com Covid-19 com menos de 28 dias da regressão completa dos sintomas não podem ser doadoras. A Central de Transplantes do Estado de São Paulo enfatiza a importância de doar órgãos e tecidos, ressaltando que isso pode salvar vidas. Além disso, é fundamental que haja diálogo entre as famílias sobre o desejo de ser ou não doador de órgãos, para facilitar a tomada de decisão.