A falta de espaço para estacionar bicicletas dificulta sua utilização como meio de transporte.

Nos últimos anos, as prefeituras têm se empenhado em incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte, investindo na construção de ciclovias e faixas exclusivas para as magrelas. No entanto, um desafio para quem utiliza a bicicleta como modal de transporte é a falta de bicicletários integrados aos sistemas de transporte público, como ônibus e trens.

Na região, há apenas cerca de 2,3 mil vagas disponíveis para os ciclistas guardarem suas bicicletas e prosseguirem com a viagem em transporte público. Nos trens, ainda é permitido embarcar com a bike, mas não acontece o mesmo nos ônibus. O maior bicicletário da região fica em Mauá, com 1.968 vagas, administrado por uma empresa terceirizada, assim como o bicicletário próximo à estação de Santo André, que conta com 334 vagas. Em Santo André, o uso é gratuito e o horário de funcionamento é das 06h às 22h, enquanto em Mauá, o funcionamento é 24 horas por dia, todos os dias, mas há cobrança de tarifa.

Por outro lado, as prefeituras da região dão menos importância para a criação de bicicletários. São Bernardo é o município que oferece mais espaço para a guarda das bicicletas, com três bicicletários instalados nos parques Raphael Lazzuri, Engenheiro Salvador Arena e Parque das Bicicletas, com estadia gratuita. A cidade possui a maior malha de vias para bicicletas, com 13.780 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas.

Rio Grande da Serra conta com apenas 6 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas e um bicicletário com 15 vagas. Já São Caetano, Diadema e Ribeirão Pires não possuem locais para a guarda das bikes, e Mauá não informou se há outros bicicletários além do da CPTM.

Para aqueles que procuram adotar um estilo de vida mais saudável e economizar com o deslocamento, a integração entre os modais de transporte é essencial. Adonias Oliveira adotou a bicicleta como rotina devido à orientação médica e utiliza o trem como meio de transporte quando vai de bicicleta para os passeios. No entanto, ele ressalta a importância de bicicletários próximos aos terminais de ônibus, o que ainda é uma dificuldade na região.

Mário de Souza Cruz, de 46 anos, é outro ciclista que utiliza a bicicleta diariamente para ir e voltar do trabalho. Ele mora em Santo André e percorre uma distância de 22 quilômetros até o Aeroporto de Congonhas, na capital. Apesar de não contar com ciclofaixas em todo o percurso, Cruz afirma que a bicicleta lhe proporciona saúde e bem-estar. Ele acredita que uma infraestrutura melhor para os ciclistas ajudaria a desafogar o trânsito e incentivar mais pessoas a optarem pela bicicleta como meio de transporte.

Portanto, é necessário que as prefeituras da região invistam na criação de mais bicicletários integrados aos sistemas de transporte público, a fim de incentivar ainda mais o uso da bicicleta como modal de transporte e proporcionar mais comodidade e segurança aos ciclistas.

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