Mecias justificou seu apoio ao governador, que está em seu segundo mandato, afirmando que as medidas tomadas durante a campanha foram realizadas em um momento de “extrema necessidade”, causada pela pandemia e pela chegada de milhares de venezuelanos ao estado. Ele ressaltou sua solidariedade e total apoio ao governador, ao vice-governador e ao povo de Roraima, afirmando que Denarium agiu corretamente em favor dos mais necessitados.
Outro ponto levantado por Mecias foi a falta de assistência financeira por parte do governo federal para auxiliar o estado durante a crise dos venezuelanos no período da pandemia. O senador ressaltou que nem o governo anterior, nem o atual, repassaram recursos ou assistência para o governo de Roraima ou para as prefeituras locais lidarem com a situação. Segundo ele, o governador agiu para mitigar a fome da população mais necessitada.
Além disso, o senador abordou a necessidade de reparar uma injustiça feita aos servidores dos ex-territórios de Roraima e Amapá. Segundo ele, a Constituição de 1988 estabeleceu que esses locais se tornariam estados e que os mesmos critérios utilizados na elevação de Rondônia, em 1981, seriam adotados. Entretanto, as emendas constitucionais 79 e 98 concederam um período de transição de apenas cinco anos em que os servidores do Amapá e de Roraima continuariam a ser pagos pela União, o que o senador considera uma injustiça. Por isso, Mecias fez um apelo pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 7/2018, com o objetivo de corrigir essa desigualdade.
A PEC 7/2018 está pronta para votação em Plenário desde junho do ano passado, quando foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O senador pediu o apoio e o voto dos demais senadores para que a proposta seja aprovada e que a injustiça histórica seja corrigida em memória daqueles que faleceram sem terem o seu direito ao enquadramento efetivado.