De acordo com Maia, embora as fitas já tenham chegado à CPMI, o pedido do colegiado foi além do que foi enviado pelo Ministério da Justiça, uma vez que as câmeras presentes no órgão são distribuídas por corredores e andares. O presidente reconheceu que o ministro Flávio Dino enviou apenas uma parte das imagens solicitadas.
Maia afirmou que irá utilizar todos os meios legais para que todas as imagens sejam disponibilizadas, mas deixou claro que não fará bravatas. Durante a reunião da CPMI do dia 15, o senador Jorge Seif (PL-SC) apresentou uma questão de ordem questionando as providências que serão tomadas pelo colegiado diante do envio de apenas duas câmeras do Palácio da Justiça.
Um grupo de 16 parlamentares pretende entregar uma representação criminal ao Procurador-geral da República, Augusto Aras, por prevaricação em relação ao ministro Flávio Dino. Além disso, eles irão encaminhar um mandado de segurança à ministra presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, solicitando liminar para garantir o cumprimento dos requerimentos de envio das imagens pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Na última semana, a CPMI aprovou sete requerimentos para o envio das imagens, que foram solicitadas ao ministro Flávio Dino. No entanto, ele pediu a prorrogação do prazo e posteriormente negou o envio, alegando que se tratam de provas de investigação. A comissão então encaminhou um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou o fornecimento das imagens diretamente pelo órgão.
O ex-ministro da Justiça, senador Sergio Moro (União-PR), afirmou que as respostas do Ministério da Justiça são evasivas e incompletas. Ele defendeu a busca e apreensão das imagens como uma medida necessária e adequada para garantir a autoridade da CPMI.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou que o ministro enviou apenas as imagens da área externa do Palácio da Justiça, alegando que as imagens da área interna não interessam à CPMI. Ele afirmou que isso é apenas uma tentativa da base bolsonarista de desviar o foco do atentado terrorista ocorrido em 8 de janeiro.
A CPMI continua lutando para obter todas as imagens solicitadas e garantir a transparência na investigação dos fatos ocorridos nos Poderes da República.