A pesquisa entrevistou 1.092 moradores da cidade, entre a terça (29) e a quarta-feira (30), e possui margem de erro de três pontos para mais ou para menos. Dos entrevistados, 32% afirmaram que o serviço das concessionárias é pior do que o oferecido anteriormente pela prefeitura, enquanto 26% avaliam que a qualidade continuou a mesma. Outros 33% não souberam opinar sobre o assunto.
A pesquisa revela que a percepção de piora no serviço aumenta conforme a faixa etária, a renda e o nível de escolaridade do entrevistado. Entre a população com mais de 60 anos, por exemplo, 49% disseram que os serviços estão piores, enquanto apenas 7% acreditam em melhorias. Já entre os mais jovens (de 16 a 24 anos), 18% afirmaram que houve piora, 41% que a qualidade continuou a mesma e 11% que melhorou.
No que diz respeito à renda, a população de maior poder aquisitivo é a que menos opina sobre o assunto. Entre aqueles com renda familiar superior a 10 salários mínimos mensais, 46% não souberam avaliar o serviço e outros 28% acreditam que houve piora. Já entre os que recebem até dois salários mínimos, 35% disseram que o serviço piorou e 26% afirmaram que continua igual.
A pesquisa também aponta que o nível de escolaridade influencia na percepção sobre a qualidade do serviço. Entre os entrevistados que possuem até o ensino médio, 43% consideram que a qualidade piorou, enquanto 29% dos que possuem ensino superior compartilham da mesma opinião. Ainda sobre este grupo, 41% não souberam opinar.
A concessão do Serviço Funerário é mais aprovada entre as pessoas que avaliam positivamente a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Dos entrevistados que classificam a gestão como ótima ou boa, 16% afirmaram que houve melhora no serviço, enquanto 25% disseram que a qualidade continuou a mesma e 27% avaliaram que piorou. Entre os que avaliam o trabalho do prefeito como ruim ou péssimo, a percepção de piora aumenta para 40%, enquanto apenas 7% relatam melhorias.
A concessão dos 22 cemitérios públicos da capital paulista e do crematório da Vila Alpina foi iniciada em março deste ano. As empresas Cortel, Velar, Maya e Consolare pagaram R$ 7,2 bilhões à prefeitura para administrar as unidades pelos próximos 25 anos. Desde então, a concessão tem sido alvo de críticas, com o aumento dos preços dos serviços funerários e a ocorrência de problemas como entulho, vandalismo e invasões nos cemitérios concedidos. O Ministério Público Estadual abriu uma investigação para apurar possíveis violações à política de gratuidade em sepultamentos na capital.