O Rio Grande do Sul, quarto maior estado em economia do país, tem sido fortemente impactado pelas mudanças climáticas, enfrentando desafios como a irrigação, o armazenamento de água e a recuperação dos solos degradados. Nesse cenário, a atuação da Embrapa se torna essencial, porém Mourão ressaltou a importância de ações conjuntas do governo e da sociedade civil para complementar e reforçar o trabalho da instituição.
A produção agropecuária representa cerca de 40% do PIB estadual do Rio Grande do Sul, impulsionando também 30% da produção industrial local. Diante disso, o presidente em exercício da Embrapa, Clênio Nailto Pillon, solicitou o apoio do Congresso Nacional para estruturar ações já planejadas para o estado, ressaltando a necessidade de um planejamento estratégico de longo prazo devido às consequências da calamidade.
O senador Paulo Paim (PT-RS) enfatizou os prejuízos intensos causados pelas cheias, afetando mais de 206 mil propriedades e prejudicando cerca de 48 mil produtores, especialmente de milho e soja. O vice-presidente da comissão externa, senador Ireneu Orth (PP-RS), também reconheceu a dificuldade de recuperação da região afetada e destacou a importância do levantamento técnico e do acesso a empréstimos para auxiliar os agricultores.
Além das ações emergenciais realizadas pela Embrapa, como o empréstimo de veículos e máquinas, a arrecadação de recursos e a doações de excedentes de pesquisa, a empresa planeja ações estruturantes até 2026 para mitigar os efeitos de eventos extremos na região. A transversalidade de atuação entre os três Poderes e a capacitação do setor produtivo também foram enfatizadas como fundamentais para a recuperação do sistema produtivo agropecuário no curto prazo.