Recentemente, Marta anunciou oficialmente sua candidatura a vice-prefeita de São Paulo na chapa liderada pelo deputado federal Guilherme Boulos, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). A ex-prefeita foi eleita em 2000, derrotando o então candidato Paulo Maluf, e governou a cidade de São Paulo de 2001 a 2004.
Uma das condenações enfrentadas por Marta se refere ao suposto uso indevido de verba pública para propaganda de sua gestão. O Ministério Público aponta que, em 2003, foram gastos R$ 5,4 milhões em publicidade para divulgar a construção de unidades educacionais. A ex-prefeita foi multada em 20 vezes o valor de seu último salário, mas a condenação não a tornou inelegível.
Outras ações movidas pelo MP envolvem dispensa de licitação para contratação de empresas de construção durante a gestão de Marta. As acusações se referem a obras antienchentes realizadas entre 2002 e 2003, envolvendo empreiteiras como Queiroz Galvão, OAS e Engeform.
A defesa de Marta alega falta de dolo da ex-prefeita nos supostos atos irregulares e aposta nas mudanças na Lei de Improbidade Administrativa para contestar as acusações. O advogado de Marta afirmou que os problemas climáticos intensos na época levaram a decisões urgentes por parte da gestão, como a dispensa de licitação.
Atualmente, o processo segue em análise judicial, com a possibilidade de uma reunião para tratar de um acordo de não persecução civil. A defesa de Marta argumenta falta de dolo específico para uma eventual condenação e aguarda o andamento das investigações para se manifestar adequadamente.
Em meio a essas questões judiciais, Marta Suplicy segue com sua candidatura a vice-prefeita de São Paulo nas próximas eleições municipais, ao lado de Guilherme Boulos. A controvérsia em torno de sua gestão como prefeita continua sendo debatida nos tribunais e na esfera política da cidade.