Recentemente, em um podcast, Thallis Gomes mencionou que não contrata “esquerdistas” para sua empresa atual, a G4 Educação, que oferece cursos de vendas e gestão comercial. Além disso, ele exaltou a ideia de trabalhar “70 horas ou 80 horas por semana”. Em entrevista à imprensa, Gomes admitiu que usou termos polêmicos de propósito, visando chamar a atenção para sua empresa e gerar mais vendas.
Outro empresário que entrou em polêmica recentemente foi Lasaro do Carmo Jr., ex-CEO da Jequiti e sócio da Optimize Consulting. Ele publicou um vídeo instruindo uma candidata a vaga de emprego a “esquecer” os sábados, domingos e feriados. Do Carmo Jr. argumentou que tais propostas extremas serviam como um teste de mentalidade para os funcionários, visando verificar se eles compartilham a mesma visão sobre a separação entre vida pessoal e profissional.
Após a repercussão negativa dos vídeos, tanto Gomes quanto Do Carmo Jr. viram suas empresas serem alvo de investigações, sendo a G4 Educação investigada pelo Ministério Público do Trabalho por abusos e desrespeitos à legislação trabalhista. Enquanto isso, a Endeavor Brasil, representada por Camilla Junqueira, destacou que o mundo está cada vez mais se distanciando da exaltação de longas jornadas de trabalho, enfatizando que a produtividade não deve ser medida pelas horas trabalhadas, mas sim pelos resultados entregues.
Dados do Conference Board mostram que a produtividade dos trabalhadores brasileiros em relação aos norte-americanos vem decaindo, indicando a necessidade de repensar a cultura de trabalho no Brasil. Essas polêmicas destacam a importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional, bem como a busca por ambientes de trabalho saudáveis e produtivos, que valorizem os resultados entregues pelos funcionários, independentemente das horas dedicadas ao trabalho.