Com uma extensão de 72 mil metros quadrados na zona norte da capital gaúcha, o Aeroporto Salgado Filho é uma peça fundamental na malha aérea do Cone Sul, recebendo milhares de passageiros e voos semanalmente. No entanto, os estragos causados pela enchente resultaram em um prejuízo mensal estimado em R$ 400 milhões à economia do Rio Grande do Sul, de acordo com o vice-governador Gabriel Souza.
Além dos aspectos financeiros e legais do impasse entre governo e concessionária, a situação também ganha contornos políticos e eleitorais, à medida que o problema se arrasta sem uma solução aparente. A Fraport optou por aguardar a baixa das águas para avaliar os danos na pista de 3.200 metros do aeroporto e assim definir os próximos passos.
Negociações para a reabertura do Salgado Filho já duram 70 dias e foram marcadas por momentos de tensão, como a declaração da CEO da Fraport Brasil, Andrea Pal, sobre a possibilidade de devolução da concessão caso não recebam os recursos necessários. Por sua vez, o governo federal e autoridades locais têm buscado medidas paliativas, como a utilização da Base Aérea de Canoas para pousos e decolagens de voos comerciais.
Enquanto a Fraport e o governo federal buscam uma solução para reabrir o Aeroporto Salgado Filho o mais rápido possível, a população e empresas que dependem do transporte aéreo na região tentam se adaptar às dificuldades, mostrando resiliência e otimismo diante de um cenário desafiador. A espera pela resolução do impasse e a reabertura do aeroporto seguem como uma grande incógnita, afetando não apenas o setor aéreo, mas também a economia e a rotina dos gaúchos.