Durante os últimos 34 anos, o ECA tem sido fundamental para garantir os direitos humanos e fundamentais dessa população, mesmo antes da ratificação da Convenção sobre os Direitos da Criança pela ONU, em setembro de 1990. O Brasil, durante a década de 1980, participou ativamente das discussões que levaram à elaboração da Convenção, fortalecendo a proteção integral das crianças e adolescentes.
A mudança estrutural causada pelo ECA teve impacto direto na atuação da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), que passou a focar na execução de medidas socioeducativas de meio fechado, como internação e semiliberdade, no Estado de São Paulo. A Fundação adaptou sua estrutura para garantir alimentação, saúde, educação, cultura, esporte e lazer aos atendidos.
Desde 2006, a Fundação CASA tem trabalhado incansavelmente para atender a demanda crescente de jovens em situação socioeducativa. No entanto, a partir de 2014, houve uma queda contínua no número de atendimentos, exigindo uma readequação dos recursos públicos e um novo esforço institucional.
O principal desafio enfrentado pelas instituições socioeducativas no Brasil é o processo de reinserção dos jovens na sociedade após o cumprimento das medidas socioeducativas. É fundamental o apoio da família, assim como a abertura e suporte da sociedade, para oferecer oportunidades educacionais, profissionais e de inserção no mercado de trabalho para esses jovens.
Como presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto tem liderado esforços para garantir o atendimento e o desenvolvimento integral dos adolescentes em situação socioeducativa, destacando a importância do trabalho em equipe e da colaboração da sociedade nesse processo de reinserção e ressocialização.