Supremo Tribunal Federal analisará pedido de prorrogação da desoneração da folha de pagamentos durante o recesso do Judiciário.

O governo pode solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação do prazo da desoneração da folha de pagamentos, porém, o pedido não será analisado pelo relator Cristiano Zanin, que está de folga durante o recesso do Judiciário. A responsabilidade de examinar pedidos urgentes durante esse período será dos ministros plantonistas, Edson Fachin, presidente interino da Corte até 16 de julho, e Luís Roberto Barroso, que reassume a presidência a partir do dia 17.

A desoneração foi suspensa a pedido do governo em abril e Zanin atendeu a solicitação, suspendendo a decisão por 60 dias após negociação com o Senado. Esse prazo de 60 dias se encerra em 19 de julho.

As decisões de Zanin, tanto de suspender quanto de restaurar a desoneração por 60 dias, foram respaldadas por unanimidade pelos demais ministros do STF. No entanto, é importante ressaltar que Zanin possui uma proximidade maior com o ex-presidente Lula do que Barroso e Fachin.

A possibilidade de Barroso ou Fachin atenderem ao pedido de adiamento da desoneração até o final do recesso, para que Zanin possa analisar o caso com mais profundidade, é bastante provável, de acordo com fontes do Supremo.

O governo já cogita uma espécie de “gatilho” para aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) caso as medidas propostas pelo Senado para compensar a prorrogação da desoneração não sejam suficientes. Caso a Fazenda e o Senado não cheguem a um consenso até 19 de julho, o pedido de prorrogação deverá ser efetuado.

O desfecho dessa situação ainda é incerto, porém, a decisão final terá um impacto significativo nas políticas econômicas do governo. A análise meticulosa desse caso é essencial para garantir a manutenção da estabilidade financeira do país e a continuidade das medidas de auxílio às empresas durante o período de crise.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo