O Brasil, apesar de possuir um alto nível de digitalização, ainda precisa avançar significativamente em termos de segurança cibernética. A criação de uma agência governamental especializada e o compartilhamento de experiências foram sugestões proferidas durante a audiência pelo senador Esperidião Amin (PP-SC). Amin ressaltou a importância de ações preventivas para combater os riscos, alertando para as possíveis consequências prejudiciais que ataques cibernéticos podem trazer para setores fundamentais, como bancos, sistema financeiro e infraestrutura.
Durante a discussão, especialistas como Santiago Paz e Jorge Blanco destacaram a necessidade de uma governança nacional eficiente e de parcerias com organizações internacionais para fortalecer a segurança cibernética. A normativa europeia NIS2, por exemplo, representa um marco importante na regulação da cibersegurança, cuja implementação é essencial em diversos países, incluindo o Brasil.
A questão da falta de mão de obra qualificada em cibersegurança também foi abordada, com Rafael Gonçalves, da empresa Trellix, ressaltando a necessidade premente de uma agência que promova a padronização e proteção das empresas. A integração de múltiplos sistemas e a interconexão são fundamentais para fortalecer a segurança cibernética nas organizações.
Diante do crescente desafio que os ataques cibernéticos representam, a colaboração entre setores público e privado se mostra crucial. A troca de informações sobre ameaças e vulnerabilidades, bem como a capacitação e educação contínua, são peças-chave para uma defesa eficaz contra os ataques cibernéticos. Os debates realizados na audiência pública reforçaram a importância de ações concretas e urgentes para fortalecer a segurança digital e proteger a infraestrutura nacional.