Segurança cibernética é um dos 10 principais riscos globais, alerta Fórum Econômico Mundial em audiência pública no Senado.

O Fórum Econômico Mundial (WEF) destacou a segurança cibernética como um dos principais riscos globais, tanto no setor público quanto no setor privado. O aumento exponencial dos ataques cibernéticos em todo o mundo desde o início da pandemia tem preocupado especialistas, que alertam para a sofisticação crescente dessas investidas. De acordo com dados apresentados em uma audiência pública na Subcomissão Permanente de Defesa Cibernética, os custos médios de uma violação de dados para instituições governamentais em 2020 chegaram a US$ 4,441 milhões, evidenciando a gravidade do cenário.

O Brasil, apesar de possuir um alto nível de digitalização, ainda precisa avançar significativamente em termos de segurança cibernética. A criação de uma agência governamental especializada e o compartilhamento de experiências foram sugestões proferidas durante a audiência pelo senador Esperidião Amin (PP-SC). Amin ressaltou a importância de ações preventivas para combater os riscos, alertando para as possíveis consequências prejudiciais que ataques cibernéticos podem trazer para setores fundamentais, como bancos, sistema financeiro e infraestrutura.

Durante a discussão, especialistas como Santiago Paz e Jorge Blanco destacaram a necessidade de uma governança nacional eficiente e de parcerias com organizações internacionais para fortalecer a segurança cibernética. A normativa europeia NIS2, por exemplo, representa um marco importante na regulação da cibersegurança, cuja implementação é essencial em diversos países, incluindo o Brasil.

A questão da falta de mão de obra qualificada em cibersegurança também foi abordada, com Rafael Gonçalves, da empresa Trellix, ressaltando a necessidade premente de uma agência que promova a padronização e proteção das empresas. A integração de múltiplos sistemas e a interconexão são fundamentais para fortalecer a segurança cibernética nas organizações.

Diante do crescente desafio que os ataques cibernéticos representam, a colaboração entre setores público e privado se mostra crucial. A troca de informações sobre ameaças e vulnerabilidades, bem como a capacitação e educação contínua, são peças-chave para uma defesa eficaz contra os ataques cibernéticos. Os debates realizados na audiência pública reforçaram a importância de ações concretas e urgentes para fortalecer a segurança digital e proteger a infraestrutura nacional.

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