Esse desempenho coloca o Rio Grande do Sul entre os oito estados que registraram um crescimento acima da média nacional no comércio. O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, destacou que esse resultado acima da média pode ser atribuído à compra de itens para doação e à busca por alimentos e produtos de primeira necessidade.
O período das enchentes foi marcado por extremo sofrimento e tragédia, com mais de 180 pessoas perdendo a vida e diversas áreas do estado ficando alagadas. Além das perdas humanas, a catástrofe climática também afetou a economia local, com a paralisação de fábricas, destruição de rodovias e o fechamento de estabelecimentos comerciais.
Entre os setores que impulsionaram o comércio gaúcho estão hiper e supermercados, tecidos, vestuário, calçados, móveis, eletrodomésticos, além de artigos farmacêuticos e perfumaria. Segundo Santos, o impacto das doações também se refletiu nas vendas de calçados e eletrodomésticos, impulsionando o movimento no setor.
O pesquisador ressaltou que o aumento nas vendas não está relacionado a fatores inflacionários, mas sim ao aumento real no volume de vendas. Além disso, o efeito das doações também foi sentido em outros estados, embora de forma menos evidente.
Diante desse cenário, é possível perceber como a solidariedade e a mobilização em momentos de crise podem ter um impacto positivo não apenas na sociedade, mas também na economia. Através da união e da ajuda mútua, é possível superar desafios e construir um futuro mais resiliente e sustentável.