A estratégia em questão envolve as chamadas estações disseminadoras de larvicidas (EDLs), que consistem em pequenos potes com água parada e larvicida piriproxifeno. Esses potes são colocados em locais onde o mosquito costuma se reproduzir, atraindo as fêmeas para depositarem seus ovos. Quando as fêmeas pousam nos potes, acabam levando o larvicida para outros locais de reprodução de mosquitos, impedindo o desenvolvimento das larvas.
O processo de implantação das EDLs nas cidades envolve cinco etapas: interesse do município, assinatura de acordo com o Ministério da Saúde e Fiocruz, validação da estratégia com a secretaria de saúde do estado, capacitação dos agentes locais e monitoramento da implementação. Inicialmente, 15 cidades foram selecionadas com base em critérios como população acima de 100 mil habitantes, alta incidência de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e disponibilidade de equipe técnica.
Essa estratégia inovadora foi desenvolvida por pesquisadores da Fiocruz e mostrou resultados promissores durante testes realizados em diversas cidades brasileiras entre 2016 e 2022. Além das EDLs, outras tecnologias também estão sendo recomendadas para o combate aos mosquitos, como ovitrampas, borrifação intradomiciliar e o Método Wolbachia, que envolve a introdução de uma bactéria nos insetos para bloquear a transmissão de vírus.
É importante ressaltar que a implementação dessas tecnologias não descarta a necessidade de ações tradicionais de combate ao mosquito, como educação da população e vistorias em domicílios. A combinação de diferentes métodos é fundamental para obter resultados eficazes na redução da incidência de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.






