Operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro prende nove pessoas ligadas ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em operação conjunta

Nesta terça-feira (9), a Polícia Civil do Rio de Janeiro desencadeou uma operação contra o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, resultando na prisão de nove pessoas. A ação ocorreu em diversas localidades do estado, bem como em Amazonas, Paraná e São Paulo, com mandados sendo cumpridos até mesmo em Santa Catarina.

A polícia realizou a operação nas comunidades Parque União e Nova Holanda, localizadas no Complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense, onde carros policiais e um veículo blindado foram empregados desde cedo. Durante o cumprimento dos mandados, houve um confronto entre os criminosos e os policiais, resultando no ferimento de uma moradora atingida por um disparo na perna. A vítima foi socorrida e seu quadro de saúde é considerado estável.

Ao todo, foram cumpridos 26 mandados de prisão, com indivíduos detidos no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Manaus. Além das prisões, a operação prevê o bloqueio de bens e valores relacionados aos investigados, que são apontados como responsáveis pela lavagem de dinheiro das facções criminosas Comando Vermelho e Família do Norte.

Essa ação é a segunda fase da operação Rota do Rio, que investigou transações financeiras realizadas entre os anos de 2017 e 2022, desvendando uma estrutura criminosa sofisticada e complexa voltada para a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. O esquema envolvia depósitos em contas bancárias de pessoas jurídicas localizadas em regiões de fronteira do Amazonas, visando ocultar a origem ilícita de grandes quantias em dinheiro.

Durante as investigações, foi constatado que a organização criminosa movimentou cerca de R$ 126 milhões em dois anos. A operação também revelou que a droga era adquirida na fronteira tríplice entre Peru, Colômbia e Brasil, sendo transportada pelo rio Solimões até o Rio de Janeiro, seguindo um caminho de retorno para o pagamento dos entorpecentes.

Para dissimular a origem ilegal do dinheiro advindo do tráfico, a organização realizava pagamentos pulverizados em contas bancárias de laranjas e empresas. A segunda fase da operação, realizada pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro do Rio, contou com o apoio das polícias de diferentes estados.

O impacto da operação também atingiu o setor educacional, com o fechamento de 22 unidades escolares da rede municipal do Rio de Janeiro, bem como duas escolas da rede estadual. Além disso, a Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva precisou suspender suas atividades devido ao tiroteio, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

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