Essas descobertas abrem caminho para o desenvolvimento de ferramentas diagnósticas mais precisas para o autismo, além de contribuir para a compreensão de como as mudanças intestinais podem afetar o sistema nervoso cerebral. O estudo utilizou técnicas avançadas de sequenciamento de amostras fecais de 1.627 crianças, permitindo identificar diversos microrganismos associados ao TEA.
Destaca-se que a presença de um desses microrganismos esteve associada ao diagnóstico de autismo em 91% dos casos, o que demonstra a eficácia de novas abordagens diagnósticas baseadas na microbiota intestinal. Além disso, a pesquisa evidenciou a associação entre preferências alimentares e alterações na microbiota de crianças com TEA, ressaltando a importância de uma dieta adequada nesses casos.
É importante ressaltar que, mesmo com a alteração da dieta das crianças com TEA, algumas das mudanças na microbiota intestinal permaneciam, o que reforça a complexidade dessa relação. Outro ponto relevante do estudo foi a comparação com grupos de crianças com outros transtornos, como TDAH e dermatite atópica, que evidenciaram diferenças na composição da microbiota.
Dessa forma, o estudo traz contribuições significativas para o campo da pesquisa do autismo, abrindo novas perspectivas para o diagnóstico precoce e o entendimento dos mecanismos envolvidos nessa condição. Os resultados indicam a possibilidade de desenvolver exames diagnósticos não invasivos e modelos preditivos da condição, que podem ser fundamentais para o avanço nos estudos sobre as características do autismo no futuro.






