Cpac em Balneário Camboriú reforça estratégia bolsonarista de enfrentar o Judiciário e apoio para 2026

A Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), principal evento anual da direita brasileira, foi encerrada neste último domingo em Balneário Camboriú, Santa Catarina, com um foco claro na estratégia dos bolsonaristas de enfrentar o Poder Judiciário. O saldo político do evento foi marcado por discussões acaloradas sobre o perdão aos presos pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 na praça dos Três Poderes e a possível anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, para que ele possa concorrer à Presidência daqui a dois anos.

Durante o evento, Bolsonaro demonstrou confiança em reverter a decisão de inelegibilidade tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apostando em uma mudança na composição da corte. Ele destacou a importância de uma ampla bancada no Senado para influenciar diretamente nas decisões judiciais, reforçando a necessidade de uma estratégia política eficaz para alcançar os objetivos desejados.

Diversas pré-candidaturas bolsonaristas ao Senado foram lançadas durante a conferência, com destaque para figuras como Eduardo Bolsonaro, Ricardo Salles e Bia Kicis. O objetivo é fortalecer a presença da direita no Senado e garantir apoio para as pautas conservadoras no Legislativo.

O evento contou com a presença de lideranças políticas e palestrantes que defendiam abertamente a estratégia bolsonarista de pressionar o Judiciário em prol do ex-presidente. A saída do ministro Alexandre de Moraes do TSE foi vista como um avanço positivo para os bolsonaristas, que agora apostam na mudança do ambiente político para influenciar as decisões judiciais.

A conferência também teve um foco internacional, com a presença de convidados da direita global, em um cenário político mundial que pode se mostrar favorável aos interesses do campo bolsonarista. O evento encerrou com a convocação de uma manifestação para 14 de julho na avenida Paulista contra a “perseguição” de ministros do STF.

Em meio a discursos inflamados e juras de fidelidade a Bolsonaro, a estratégia bolsonarista busca construir capital político passo a passo, visando resultados expressivos nas eleições municipais de outubro e apostando na erosão da popularidade de Lula em 2025. O caminho escolhido pelos bolsonaristas é claro: pressionar o Judiciário, conquistar apoio no Legislativo e mobilizar a opinião pública em favor de suas pautas conservadoras.

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