No entanto, suas palavras parecem soar como um “lero-lero” sem fim, semelhante à metáfora de Hegel sobre a Coruja de Minerva, que só voa quando o crepúsculo chega, indicando que a compreensão só virá tarde demais. Além disso, Bolsonaro está enfrentando acusações graves, incluindo o indiciamento no inquérito sobre falsificação de cartões de vacina e uma possível investigação por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito. Essas acusações podem resultar em uma pena de até 23 anos de prisão, além de ampliação da inelegibilidade para 30 anos.
Apesar disso, Bolsonaro tenta se posicionar como um patriota na conferência da ultradireita, afirmando que sua obsessão é pelo Brasil, não pelo poder. No entanto, essa narrativa contrasta com as articulações da milícia parlamentar bolsonarista em busca de anistia no Congresso. Enquanto isso, a maioria do eleitorado brasileiro rejeitou seu sonho de reeleição em 2022, transformando-o de punguista ideológico em um reles ladrão de joias golpista.
Enquanto Bolsonaro tenta se manter em sua bolha virtual, o mundo real se mostra implacável, fornecendo à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal evidências para suas investigações. O presidente odeia a realidade, mas é o único lugar onde poderia encontrar uma defesa aceitável. Suas ideias não correspondem aos fatos, e seu tempo parece estar se esgotando à medida que as investigações avançam. Assim, Bolsonaro se vê em um labirinto de acusações e realidades paralelas, onde suas palavras podem não ser suficientes para escapar das consequências de seus atos.